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Entrevista: Beatriz Folly – Paris Brest Paris

Beatriz Folly é a proprietária da marca Psicodrome, com camisetas e acessórios voltados ao mundo da bike. Foi a terceira mulher a completar os 1200 km de Paris Brest Paris pedalando uma bike fixa!

Nesta entrevista com a Talita Noguchi, do bar e bicicletaria Las Magrelas, ela nos conta sobre a prova de ciclismo de longa distância Paris Brest Paris, realizada na França a cada quatro anos.

Mais sobre o Paris Brest Paris: http://www.randonneursbrasil.org/pari…

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Entrevista: Renata Mesquita – Audax

Renata Mesquita, designer gráfica e ciclista amadora, é Embaixadora Specialized e organiza treinos na Ciclovia da Marginal Pinheiros com um grupo de mulheres chamado Pelotão das Minas. As datas e horário podem ser conferidos em sua página no Facebook.

Neste episódio dedicado a entrevista, Talita Noguchi, do bar e bicicletaria Las Magrelas, pergunta a ela sobre as provas de Audax, quais os pré-requisitos para se participar da prova Paris-Brest-Paris na França, qual o tipo de bike ideal para se usar e quais as dificuldades e facilidades nesse tipo de prova, além de dar valiosas dicas para quem planeja participar pela primeira vez. O que levar para a própria segurança? O que levar de lanche ou refeição? Como se faz para dormir durante as provas mais longas? Dá pra tomar banho? Confiram nos vídeos informações valiosas para se enfrentar desafios de longas distâncias que podem se estender por dias.

Como curiosidade, a Renata nos forneceu os números do total de Homologações femininas entre 2010-2015:
Mulheres brevet 200km
 2010 – 64
 2011 – 89
 2012 – 150
 2013 – 167
 2014 – 280
 2015 – 336
Mulheres brevet 300km
 2010 – 9
 2011 – 18
 2012 – 33
 2013 – 29
 2014 – 52
 2015 – 66
Mulheres brevet 400km –
 2010 – 2
 2011 – 9
 2012 – 16
 2013 – 16
 2014 – 18
 2015 – 31
Mulheres brevet 600km
 2010 – 1
 2011 – 7
 2012 – 9
 2013 – 8
 2014 – 12
 2015 – 19

 

Links:

Mais informações sobre o Audax: http://www.randonneursbrasil.org/

Calendário de provas de Audax de 2016: http://www.randonneursbrasil.org/calendario-2016/

Dicas para ciclismo de longa distância: https://audaxsp.wordpress.com/dicas/

Paris Brest Paris: http://www.paris-brest-paris.org/index-en.php

Um vídeo mostrando a variedade de bicicletas utilizadas por participantes do Paris Brest Paris:

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Vocês estão prontos/as para o ciclofeminismo?

Esta é a tradução da matéria “Êtes-vous prêt-e-s pour le cycloféminisme?” (“Vocês estão prontos/as para o ciclofeminismo?”), originalmente publicada na edição especial de novembro sobre “Ecologia e feminismo: o mesmo combate?” da revista francesa “S!lence”, sobre as oficinas não-mistas para conserto de bicicletas. Um agradecimento especial à Kelly Koide, que traduziu e compartilhou o texto, além de autorizar a publicação dele aqui e entrar em contato com a editora e com quem produziu esta matéria originalmente, e à Talita Noguchi, que fez o pedido/convite à Kelly para a sua tradução ser publicada aqui.

Por: Guillaume Gamblin / Fotografia: Annabelle Folliet / Tradução: Kelly Koide

revista francesa Silence oficina bicicleta mecânica mulheres 1

“Vocês estão prontos/as para o ciclofeminismo?”

O coletivo “À vélo, Simone!” [De bicicleta, Simone!] criou em Lyon uma oficina não-mista de reparação de bicicletas, “As horas felinas”. Esse tipo de espaço anti-sexista se desenvolve em diversas oficinas de bicicleta

“No começo, quando eu pedalava, sempre ficava pra trás”, explica Kelly Koide, ciclista assídua há alguns anos e membro do coletivo “À vélo, Simone!”, de Lyon. “Quando troquei de bicicleta, passei a pedalar mais rápido e distâncias maiores.”. Como ela, muitas mulheres têm bicicletas pouco eficazes. Elas querem, por exemplo, ficar sobre o selim com os pés mais próximos do chão, por falta de confiança. Resultado: com as pernas menos esticadas, elas têm menos força pra pedalar. É um pouco como a diferença que existe entre tênis apropriados e sapatos de salto alto para corrida.

Ser uma mulher de bicicleta

As práticas em torno da bicicleta ainda continuam diferentes para homens e mulheres, ponderam Kelly e Marine Joos, que também integra coletivo. Elas constatam: “quando estou subindo a colina da Croix Rousse [bairro de Lyon] de bike, várias vezes as pessoas me aplaudem” – algo que não acontece com os homens.

Além disso, alguns estudos mostram que os acidentes que ocorrem com homens e mulheres não são do mesmo tipo. Para estas, pode ser mais difícil de se impor e ocupar espaço nas vias. Como consequência, elas podem subir mais nas calçadas, que não são adaptadas às bicicletas, ou ficar nos bordos das pistas, expostas ao risco de serem atingidas por portas de carros que se abrem. As mulheres ficam mais vulneráveis na tentativa de se protegerem.

Oficinas para se proteger do sexismo

É por essas razões que certas mulheres, como Kelly e Marine, sentiram a necessidade de criar espaços anti-sexistas no mundo da bicicleta. Ainda mais nas oficinas de reparação, onde a mecânica abriga um universo impregnado de sexismo e de difícil acesso às mulheres.

Foi no “Atelier du Chat Perché”, oficina associativa e autogestionada de reparação de bicicletas, que essa idéia se concretizou, em janeiro de 2015. Duas vezes por mês são organizadas permanências de reparação em modo de “mistura selecionada sem homens cisgênero“, explica Marine. Do que se trata? Resumidamente, todas as pessoas são bem vindas, com exceção daquelas que nasceram homens e reconhecem sua identidade no gênero masculino (1). Trata-se, então, de acolher mulheres, mas também pessoas travestis, transgêneras, intersexo etc., e de oferecer a elas um lugar de descoberta e aprendizado da mecânica de bicicleta, dissociado dos comportamentos sexistas.

revista francesa Silence oficina bicicleta mecânica mulheres 2

Um espaço de ajuda mútua com outro clima

Como são essas oficinas? “Cada permanência dura de 3 a 4 horas. Ela começa com um pequeno curso de mecânica de uns 15 minutos, seguida por um tempo de reparação, e termina com um momento de discussão com umas brejas ou um piquenique”, explica Kelly. “Nós somos 4 ou 5 voluntárias para acolher e acompanhar as mulheres. Em relação às permanências mistas, rola mais cumplicidade, nós nos sentimos mais próximas”, continua ela. “Ocorre mais ajuda mútua”, diz Marine, “e menos tempo de espera para mexer nas bicicletas. Tem um clima bem diferente”. Esses momentos permitem que mulheres que tenham tido experiências ruins em oficinas possam voltar à mecânica. E, de maneira ampla, são uma ocasião e um meio de refletir sobre a construção de saberes não masculinos, a confiança em si mesma e a ocupação do espaço.

Quais foram as reações? “No começo, foi difícil convencer os outros membros da oficina de fazer uma permanência de reparação à parte”, explica Marine. “Para aceitar essa ideia, é preciso que os homens tomem consciência de seu estatuto de dominantes”. Às vezes, nas oficinas mistas, os/as usuários/as diziam que a criação de um espaço não-misto os/as incomodava. Mas Kelly nota uma evolução: agora, durante as permanências mistas, os voluntários prestam mais atenção e ficam mais sensíveis à questão do sexismo. No entanto, lamenta Marine, “as pessoas ainda nos questionam com frequência sobre o porquê desse espaço com ‘mistura selecionada’, prova de que isso ainda é algo que desperta estranhamento. A gente tá cansada de se justificar toda hora!”

Uma rede francesa e mundial de ciclistas anti-sexistas

Para criar esse horário de permanência dentro da oficina, as mulheres do Chat Perché pesquisaram o que já existia até o momento. Elas participaram do encontro internacional do Heureux Cyclage, a rede nacional francesa de oficinas de bicicletas participativas e solidárias, que havia sido dedicado à temática do sexismo. Em Saint-Étienne, elas conheceram os/as voluntários/as de uma oficina que ocorre num espaço chamado “Une lieu” [uma lugar], que funciona com ‘mistura selecionada’ sem homens cisgênero, e que faz um trabalho não apenas sobre o sexismo, mas também sobre outros tipos de dominação: de raça, classe etc.

Essa constelação de feministas não se restringe à França – longe disso. Em São Paulo, no Brasil, o coletivo Pedalinas, criado em 2009, organiza todos os meses uma “massa crítica” exclusivamente para mulheres. Elas são pouco numerosas, mas persistem, sendo o seu objetivo dar confiança umas às outras para andar pela cidade. “Quando cheguei ali em 2010”, diz Kelly, “eu estava começando a pedalar. Uma menina veio me buscar em casa e fomos andar em grandes avenidas; eu tinha medo, mas ela me passou muita confiança.”. Na Espanha e na Itália, os coletivos também organizam oficinas e ações em torno do sexismo e da bicicleta, e os Estados Unidos não deixam a desejar (veja a legenda da foto), formando assim uma internacional de ciclofeministas, discreta mas determinada…

(1) “cis” vem do latim, “do mesmo lado”, antônimo de “trans”. “Cisgênero” se refere então a uma pessoa cujo gênero está em adequação com o papel social esperado (comportamento, profissão…) em função do sexo atribuído no nascimento (macho/fêmea ou homem/mulher).

 

clitoral mass“Clitoral mass, nos Estados Unidos”. Em Los Angeles, em 2012, por iniciativa do coletivo “Ovarian Psycos”, algumas mulheres inventaram uma variação da “massa crítica”, ocupação em massa e reivindicativa da rua por bicicletas. Hoje, elas organizam em Los Angeles, Oakland, Chicago, Nova Iorque, Atlanta e Toronto a “clitoral mass” ou “massa clitoriana”, a fim de encorajar as mulheres a andar de bicicleta com um sentimento de prazer, de segurança e de confiança em si mesmas, e de facilitar sua liberdade de movimento. Infos (em inglês) em http://ovarianpsycos.com e http://clitoralmass.org.

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Entrevista: Federica Fochesato – Cicloviagem

Siiiiim! Temos nova entrevista!!!!

Federica Fochesato é educadora socioambiental e jornalista, escreve sobre cidades e mobilidade no jornal O Vale (http://vidanacidade.ovale.com.br/) e também para o site Vá de Bike (http://vadebike.org/author/federica/).

Ela conversa com a Talita Noguchi, do bar e bicicletaria Las Magrelas, sobre cicloviagens e divide conosco a experiência de viajar sozinha ou com a companhia de outra mulher, que tipo de bike utiliza suas cicloviagens e sua bagagem, menciona algumas das rotas cicloturísticas tanto no Brasil quanto no exterior, além de dicas para quem está planejando fazer sua primeira cicloviagem.
Algumas das rotas cicloturísticas citadas no vídeo:

Caminho de Santiago: https://pt.wikipedia.org/wiki/Caminhos_de_Santiago

Estrada Real: http://www.guiaviajarmelhor.com/estrada-real-minas-gerais/ e http://www.institutoestradareal.com.br/

Costa Verde & Mar: http://www.costaverdemar.com.br/cicloturismo/

Caminho da Fé: https://pt.wikipedia.org/wiki/Caminho_da_f%C3%A9

Sobre os projetos:

Cicloamérica: http://expedicaocicloamerica.blogspot.com.br/
Projeto Transite: http://projetotransite.com.br/

 

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Entrevista: Erika Sallum – Ciclismo de estrada

Agora, o Chave Quinze inaugura a seção de entrevistas!

Mulheres atuantes nas mais diversas áreas do mundo da bike nos apresentarão conceitos e dicas sobre categorias esportivas ou seus empreendimentos voltados para ciclistas.

Nossa primeira convidada é Erika Sallum, jornalista e ciclista de estrada! Ela edita publicações como a revista Go Outside e a Bicycling no Brasil, além de conduzir treinos de ciclismo de estrada em São Paulo.

E Talita Noguchi, do bar e bicicletaria Las Magrelas, conversa com pouco com a Erika sobre sua história em relação ao esporte, um breve panorama das provas ciclísticas tanto no Brasil quanto no exterior, as dificuldades inerentes ao próprio esporte e ao fato de ser mulher nesse meio, além das dicas para quem tem interesse em começar a treinar essa modalidade de ciclismo.

Para saber mais sobre as provas de ciclismo mencionadas:

L’Étape Brasil: http://www.letapebrasil.com.br/

Claro 110K: http://www.pedal.com.br/primeira-etapa-da-claro-100k-inaugura-o-rodoanel-com-premiacao-de-50-mil_texto3697.html

Tour Feminino de Santa Catarina: http://www.pedalafloripa.com/2015/09/tour-feminino-de-santa-catarina.html

Gran Fondo em Nova York: https://gfny.com/

Gran Fondo em São Paulo: http://fpciclismo.org.br/2015/07/granfondo-do-brasil-de-ciclismo-etapa-de-inverno-2015-confira-o-regulamento/

L’Étape França: http://www.letapedutour.com/ET1/us/homepage.html

Quebrantahuesos Espanha: http://www.quebrantahuesos.com/

Calendário de provas: http://www.cbc.esp.br/default/calendarios.php?m=estrada