Não é bastante chato quando, no meio de um pedal, a corrente cai da coroa e você precisa parar a bike no canto para colocá-la de volta na engrenagem?
A Talita Noguchi, do bar e bicicletaria Las Magrelas, dá uma dica fácil e rápida para evitar que isso aconteça, usando uma simples troca de marcha.
Se, mesmo assim, a corrente caiu e precisou parar para arrumá-la, há também uma maneira de facilitar esse trabalho, puxando o câmbio para a frente e acima, para diminuir a tensão da corrente e reencaixá-la.
Para quem possui uma bicicleta de pinhão fixo, tirar e colocar roda traseira pode parecer mais simples, pois algumas dessas bikes não tem freios para soltar e em nenhuma delas há câmbio traseiro para mover.
Apesar disso, centralizar a roda em relação ao quadro e manter a corrente tensionada (“esticada”) ao mesmo tempo chega a parecer malabarismo, sem o descarrilhador (“alavanca do câmbio traseiro”) para ajudar a esticar a corrente.
De forma simples e rápida, a Talita Noguchi, do bar e bicicletaria Las Magrelas, ensina um método para prender de volta a roda da bike fixa.
Material necessário:
1. Chave plana tamanho 15 (quinze), também conhecida como “chave de boca 15” ou “chave estrela 15”.
Como tensionar a corrente:
Se não tiver um suporte para a bicicleta, colocá-la de cabeça para baixo.
1. Puxar a roda para que seu eixo fique no meio da gancheira e a corrente fique tensionada; 2. Segurar a roda para que fique em contato com um dos lados do quadro (como o direito) enquanto aperta o parafuso da roda nesse mesmo lado; 3. Empurrar a roda para o meio do espaço entre os dois lados do quadro e apertar o outro parafuso, de modo que no final ela fique centralizada e não “bamboleie” para os lados quando girá-la.
Uma bicicleta com boas peças e manutenção em dia, geralmente, é um veículo tão silencioso quanto um gato se preparando para dar o bote. Ruídos nos componentes costumam ser indício de algum problema ou perigo iminente, como cadarço batendo na coroa ou no pedivela.
Neste vídeo, a Talita, do bar e bicicletaria Las Magrelas, dá dicas sobre lubrificação de corrente, pois corrente seca também é uma das causas de ruído em bicicleta.
Há duas maneiras de saber se a corrente precisa ser lubrificada:
1. Pelo barulho de rangido metálico que surge a cada giro do pedal; 2. Ao passar o dedo pela parte de cima ou de baixo da corrente, não se sujar com o óleo, ou senti-lo seco. Com uma textura granulada e pouca viscosidade.
As causas desse problema podem ser o constante contato com água (em dias com muita chuva, por exemplo) ou simplesmente o ressecamento ou desgaste com o passar do tempo, além do acúmulo de sujeira ou terra.
O principal cuidado é na escolha do produto: não é aconselhável usar graxa comum, pois é grossa demais e acumula muita sujeira. Há lubrificantes específicos para a corrente, como o Finish Line ou o Mucoff, que são marcas desse produto e cada um deles tem três variedades: úmido, seco e em cera. Óleo Singer não é ideal, mas quebra o galho.
Tipos de lubrificante:
1. O lubrificante do tipo úmido costuma ser mais viscoso e, por isso, retém mais sujeira na “relação” (o conjunto formado pelas engrenagens das marchas dianteiras, chamada de “coroa”, pela corrente e pelas engrenagens das marchas traseiras, chamdas de “cassete”). Em compensação, tem uma durabilidade muito maior, demorando mais até precisar reaplicá-lo. 2. O lubrificante do tipo seco é ótimo para manter a relação limpa, mas dura pouquíssimo; ou seja, não aguenta a água da chuva, precisando de um “retoque” a cada vez que é molhado. Em algumas situações extremas, precisa ser reaplicado durante a pedalada.
Independente do tipo de produto escolhido, o importante é realizar a limpeza e lubrificação da relação sempre que possível, assim os componentes desgastam menos com o atrito e a sujeira.
Aplicação:
Se não tiver um suporte para a bicicleta, colocá-la de cabeça para baixo.
1. Colocar uma gota bem pequena em cada elo da corrente. Evitar excessos, pois óleo demais tende a acumular mais resíduos (sujeira e terra); 2. Girar o pedal para deixar outra parte da corrente livre e aplicar nos elos restantes, e girar mais até completar a volta inteira da corrente; 3. Aconar o trocador de marchas e girar o pedal para a corrente mudar de posicão e espalhar a lubrificação por todas as engrenagens das marchas.