Para quem tem uma bike fixa, saber tirar o pinhão (a engrenagem que fica no centro da roda traseira, junto ao cubo) é útil no caso em que se fará uma manutenção no cubo ou para trocá-lo e mudar a relação entre a coroa do pedivela e o pinhão.
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Como reencaixar corrente solta / O que fazer quando a corrente escapa da coroa
Não é bastante chato quando, no meio de um pedal, a corrente cai da coroa e você precisa parar a bike no canto para colocá-la de volta na engrenagem?
A Talita Noguchi, do bar e bicicletaria Las Magrelas, dá uma dica fácil e rápida para evitar que isso aconteça, usando uma simples troca de marcha.
Se, mesmo assim, a corrente caiu e precisou parar para arrumá-la, há também uma maneira de facilitar esse trabalho, puxando o câmbio para a frente e acima, para diminuir a tensão da corrente e reencaixá-la.
Freios e marchas: o que o lado direito e o esquerdo controlam
Neste vídeo, a Talita Noguchi, do bar e bicicletaria Las Magrelas, dá uma dica rápida sobre os controles de freios e marchas dianteiros e traseiros que ficam no manete esquerdo e no direito.
Também menciona brevemente alguns países em que isso é exceção, o que pode ser uma informação bastante útil para quem pretende comprar uma bicicleta importada.
No Brasil é padrão os controles localizados no lado direito do guidão controlarem os freios e marchas (câmbios) traseiros, enquanto os do lado esquerdo controlam os freios e marchas dianteiros. Há países onde isso se inverte e os controles direitos controlam o que é dianteiro, e os esquerdos controlam o que é traseiro, como o Japão, Reino Unido e Nova Zelândia. É o tipo de detalhe a se prestar atenção se for a um desses países e adquirir uma bike local.
Roda de bicicleta e seus componentes
Conhecer um pouco mais sobre a roda e seus componentes pode facilitar muito a vida quando ocorre algum problema mecânico ou na hora de montar a bicicleta do zero.
Neste vídeo, a Talita Noguchi, do bar e bicicletaria Las Magrelas, ensina a identificar o que compõe a roda: cubo, aro, raios, nipples e fita de aro.
O cubo se encontra na parte central da roda dianteira e da traseira. Pode ser de bilha/esfera ou de rolamento e se encaixa em categorias para diversas funções:
catraca
cassete
single speed/roda livre
roda fixa contraporca
roda fixa
roda fixa de encaixe
contra pedal
marchas internas
O aro é a peça circular na parte exterior roda, e suas medidas mais comuns são de 12, 16, 18, 20, 26, 27, 28 e 29 polegadas, ou “tamanho 700”. Também pode ser dividida entre as de “perfil alto” ou “perfil baixo”, que indica se é larga ou estreita, ou entre as adequadas para freio v-brake ou freio a disco, que é indicado pela textura do metal (quando é de metal).
Os raios são as peças de metal mais finas que ligam o cubo ao aro. Existem em diversos tamanhos e diversas quantidades em cada roda.
Os nipples são as peças menores que são rosqueadas na extremidade dos raios, para prendê-los à roda.
A fita de aro é uma fita maleável que circunda o aro e fica entre o aro e a câmara de ar. Sua principal função é proteger a câmara de ar para que não seja furada ou rasgada pelos nipples.
Medidas de garfo
A Talita Noguchi, do bar e bicicletaria Las Magrelas, nos ensina neste vídeo a identificar duas medidas de garfo e sua respectiva entrada no quadro, para não comprar peças incompatíveis.
Para montar uma bicicleta do zero, ou simplesmente fazer uma troca de garfo/quadro ou melhoria nela, é importante saber que as duas medidas mais comuns no mercado são a “over 1 1/8” e a “standard”. Como a “over” tem diâmetro maior do que o da “standard”, não é possível encaixar um garfo “standard” em uma entrada “over”, ou vice-versa.
Tipos de gancheira de bicicleta
Está com aquela vontade de modificar a sua bike ou montar uma bike fixa, single speed ou com marchas do zero? É bom prestar atenção no tipo de gancheira que você vai usar (já falamos sobre essa parte da traseira da bicicleta neste vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=lpA2V…).
Talita Noguchi, do bar e bicicletaria Las Magrelas, mostra algumas das variedades de gancheira existentes, as características de cada uma, e para qual tipo de bicicleta (com marcha, single speed ou fixa) são mais adequadas. Neste vídeo, conheceremos as gancheiras de pista, a semivertical, a vertical, a horizontal e a horizontal curta.
Um fator importante a se levar em consideração é se haverá câmbio traseiro na bicicleta, que costuma ajudar no tensionamento da corrente com uma alavanca. Nesse caso, é possível usar a maioria dos tipos de gancheira, incluindo a semivertical e a vertical.
Para montar uma bike fixa ou single speed ou com câmbio Nexus (de marchas internas), as opções são mais reduzidas: a gancheira precisa ter entrada horizontal. Sem um câmbio para tensionar a corrente, é preciso deslizar o eixo da roda na horizontal para trás, a fim de esticar/tensionar a corrente. Esse processo pode ser visto em um vídeo anterior já postado aqui.
Checagem e cuidados com o quadro (rachaduras no quadro)
O quadro, parte tão importante da bicicleta, merece receber um pouco de atenção, principalmente nas situações em que sofre alguma colisão em acidente ou algum outro tipo de impacto mais forte.
A Talita Noguchi, do bar e bicicletaria Las Magrelas, ensina como conferir os ângulos (as junções entre os tubos do quadro) e as partes soldadas, para procurar por rachaduras ou trincados no metal.
Também é bom lembrar que há um comprimento e encaixe adequado para o canote do selim, que regula o assento da bicicleta. O canote de selim é o cano que fica ligado ao selim e é encaixado dentro do tubo vertical do quadro. Ele deve ser comprido o suficiente para sua extremidade ficar abaixo da intersecção do tubo vertical com o tubo superior. Se o canote ficar muito curto ou com a extremidade muito no alto, o peso pode prejudicar e quebrar a intersecção do quadro.
Evite pedalar uma bicicleta com o quadro danificado, pois ele pode se quebrar e partir no meio da pedalada e causar um grave acidente.
Tensionador de corrente
Você tem uma bike fixa ou single speed, com gancheira horizontal, e tem dificuldades na hora de tirar e colocar a roda de volta? A Talita Noguchi, do bar e bicicletaria Las Magrelas, já mostrou em outro vídeo neste canal como fazer esse alinhamento apenas com as mãos.
Para quem colocar a roda de volta ao quadro for uma dor de cabeça, ela ensina como instalar o tensionador de corrente, uma pequena peça que pode ajudar a puxar a roda para trás e esticar a corrente. Pode ser usado apenas um tensionador, em um dos lados da roda, ou dois tensionadores, um de cada lado dela.
Material necessário:
1. Para abrir ou fechar o parafuso do tensionador, chave plana tamanho 8, 9, 10 ou 11 (verifique o tamanho da porca do parafuso do tensionador), também conhecida como “chave de boca” ou “chave estrela”.
2. Se o eixo da roda for preso por parafuso, chave plana tamanho 15 (quinze), também conhecida como “chave de boca 15” ou “chave estrela 15”.
Como instalar o tensionador de corrente:
1. Solte o freio (se tiver);
2. Afrouxe as porcas do eixo da roda;
3. Desencaixe a corrente;
4. Retire a roda traseira;
5. Tire a porca presa ao parafuso do eixo da roda;
6. Encaixe o tensionador, colocando a parte furada no parafuso do eixo da roda;
7. Encaixe a porca de volta no parafuso;
8. Encaixe a roda no quadro, deixando o tensionador entre a roda e a gancheira;
9. Encaixe a calha de metal do tensionador na extremidade da gancheira;
10. Encaixe de volta a corrente;
11. Aperte o parafuso do tensionador até a corrente ficar tensionada (“esticada”);
12. Se estiver usando dois tensionadores, aperte o parafuso do segundo tensionador;
13. Confira se a roda está alinhada, comparando com a distância em relação às laterais do quadro;
14. Aperte as porcas do parafuso do eixo da roda.
15. Prenda de volta o freio (se tiver);
Onde comprar:
Chave 15: http://www.lasmagrelas.com.br/pd-2959ee-chave-combinada-15mm.html?ct=&p=1&s=1
Molas de blocagem
Neste episódio, Talita Noguchi, do bar e bicicletaria Las Magrelas, nos apresenta duas pecinhas misteriosas: as molas de blocagem.
São duas molas que aparecem quando abrimos a blocagem (quick release) da roda da bicicleta, localizadas de cada lado da roda. A parte mais larga da mola fica para o lado de fora, enquanto a parte mais estreita fica para o lado de dentro, voltada para a roda.
A função dela é manter cada lado da blocagem com a mesma distância em relação à roda, além de ajudar a impulsionar a blocagem para fora e facilitar quando for abri-la.
Como instalar fita antifuro
Depois da segunda ou terceira vez que o pneu da nossa bike fura em um espaço de menos de um mês, a gente começa a se perguntar se não tem um jeito de evitar essa situação desagradável. Ou você é uma pessoa precavida que não precisa passar por essa dor de cabeça tantas vezes e prefere já se preparar contra isso. Bom, tem um jeito, sim, de diminuir as chances de passar por esse pequeno perrengue: colocar uma fita antifuro no pneu.
A fita antifuro é geralmente composta de poliuretano, um material plástico mais resistente, e sua função é impedir que o detrito que perfurou o pneu (seja um caco de vidro ou uma tachinha, por exemplo) atinja a câmara de ar. Assim, evita que essa câmara se esvazie e o pneu murche. Então, ela é colocada entre o a parte interna do pneu e a câmara de ar.
Na hora de comprar um par de fitas antifuro (para colocar tanto no pneu traseiro quanto no dianteiro), é bom prestar atenção no tamanho dela, se ela é adequada ao tamanho do seu pneu. Essa informação geralmente é apresentada na forma de uma tabela na embalagem do produto. O tamanho do pneu pode ser verificado na lateral do próprio pneu, da mesma forma que a indicação da calibragem que foi explicada neste vídeo. Um exemplo de tamanhó é “700×23” (como já mostramos neste outro vídeo).
Materiais:
1. Chave de boca 15 (quinze) ou chave estrela 15, se a sua roda for presa por parafuso, e não blocagem (para saber como abrir o parafuso da roda, temos este tutorial;
2. Espátulas.
Como instalar fita antifuro:
1. Tirar a roda da bicicleta com a chave 15, se ela for de parafuso, soltar uma das bandas do pneu com a espátula e retirar a câmara (já explicamos neste tutorial);
2. Colocar a fita antifuro com o lado preto em contato com a parte interna do pneu, tomando o cuidado de começar com a extremidade no lado oposto ao do buraco onde se encaixa o bico da câmara;
3. Grudar a fita antifuro (não precisa de cola extra) por toda a circunferência interna do pneu, até a outra extremidade se encontrar com a primeira;
4. Colocar a câmara de volta e encaixar o pneu de volta no aro com a espátula(também já explicado neste tutorial).
5. Encaixar a roda de volta no quadro da bicicleta.
Uma dica na hora de encaixar o pneu no aro é deixar a indicação de calibragem de pneu (escrita na lateral do pneu) próxima ao encaixe do bico da câmara, para facilitar a leitura dessa informação na hora de encher o pneu.
Como ajustar altura de selim: parafusos e blocagem
Depois de algumas pedaladas, você reparou se suas pernas ficam dobradas de mais a cada giro ou se seu quadril fica escorregando pelos lados do selim (o banco da bicicleta) porque fica difícil alcançar o pedal, mesmo com as pernas esticadas? Às vezes, a solução é simplesmente levantar ou abaixar o selim, respectivamente.
No tutorial de hoje, a Talita Noguchi, do bar e bicicletaria Las Magrelas, ensina a dica básica de como identificar se o que prende o canote (cano) do selim é parafuso ou blocagem, onde encontrar o parafuso (ou blocagem) relacionado à regulagem da altura do banco da bicicleta e qual ferramenta é a mais adequada para realizar essa tarefa.
Para começar, o canote do selim é o que prende o selim ao quadro (a principal estrutura de canos de metal) da bicicleta. Ela desliza verticalmente, para dentro ou para fora do quadro, e é responsável pela altura do selim.
Na junção entre o quadro e o canote de selim, há um anel circular aberto chamado de “braçadeira”, com as extremidades presas por parafuso ou por blocagem. O parafuso ou blocagem, quando fechado, aperta o anel, que pressiona o quadro e o canote, fazendo com que este não deslize pelo quadro.
Como abrir blocagem:
A blocagem pode ser identificada por ter uma pequena alavanca em um dos lados, ao centro da roda. Não é preciso usar nenhuma ferramenta além das mãos.
1. Empurrar a alavanca para fora e deixá-la perpendicular ao quadro;
2. Segurar a porca de parafuso que fica do outro lado da roda para a blocagem não girar em falso;
3. Girar a blocagem no sentido anti-horário;
4. Não é preciso desparafusar a blocagem por inteiro.
Como fechar blocagem:
Não é preciso usar nenhuma ferramenta além das mãos.
1. Segurar a porca de parafuso que fica do outro lado da roda para a blocagem não girar em falso;
2. Girar a blocagem no sentido horário;
3. Empurrar a alavanca para deixá-la em paralelo ao quadro.
Como abrir parafuso de cabeça hexagonal maior:
Para abri-lo, geralmente se usa uma chave plana tamanho 13 mm (treze), também conhecida como “chave de boca 13” ou “chave estrela 13”. Há parafusos em que se usa uma chave 14 mm.
1. Encaixar a chave no parafuso, de preferência “deitada”, ou seja, em uma posição paralela ao chão, de modo que você faça força para baixo na hora de girar a chave;
2. Girar o parafuso no sentido anti-horário;
3. Não é preciso desparafusar por inteiro.
Como fechar parafuso de cabeça hexagonal maior:
1. Encaixar a chave no parafuso, de preferência “deitada”, ou seja, em uma posição paralela ao chão, de modo que você faça força para baixo na hora de girar a chave;
2. Girar o parafuso no sentido horário.
Como abrir parafuso de cabeça com concavidade hexagonal pequena:
Para abri-lo, geralmente se usa uma chave allen tamanho 5 mm (cinco).
1. Encaixar a chave no parafuso, de preferência “deitada”, ou seja, em uma posição paralela ao chão, de modo que você faça força para baixo na hora de girar a chave;
2. Girar o parafuso no sentido anti-horário;
3. Não é preciso desparafusar por inteiro.
Como fechar parafuso de cabeça com concavidade hexagonal pequena:
1. Encaixar a chave no parafuso, de preferência “deitada”, ou seja, em uma posição paralela ao chão, de modo que você faça força para baixo na hora de girar a chave;
2. Girar o parafuso no sentido horário.
O que prende a roda da bicicleta: Parafuso e blocagem
Qual ferramenta se usa para soltar e prender a roda? Será que você realmente precisa de uma ferramenta para isso? Em situações como uma troca de câmara quando o pneu está furado (no primeiro tutorial do nosso site/canal no Youtube), uma dúvida tão básica quanto importante é saber se a sua roda é presa com parafuso ou com blocagem (também chamada de “quick release”).
A Talita Noguchi, do bar e bicicletaria Las Magrelas, mostra exemplos e ensina como abrir e fechar cada uma.
Como abrir blocagem:
A blocagem pode ser identificada por ter uma pequena alavanca em um dos lados, ao centro da roda. Não é preciso usar nenhuma ferramenta além das mãos.
1. Empurrar a alavanca para fora e deixá-la perpendicular ao quadro;
2. Segurar a porca de parafuso que fica do outro lado da roda para a blocagem não girar em falso;
3. Girar a blocagem no sentido anti-horário;
4. Não é preciso desparafusar a blocagem por inteiro.
Como fechar blocagem:
Não é preciso usar nenhuma ferramenta além das mãos.
1. Segurar a porca de parafuso que fica do outro lado da roda para a blocagem não girar em falso;
2. Girar a blocagem no sentido horário;
3. Empurrar a alavanca para deixá-la em paralelo ao quadro.
Como abrir parafuso:
O parafuso geralmente tem a cabeça em formato hexagonal. Para abri-lo, geralmente se usa uma chave plana tamanho 15 (quinze), também conhecida como “chave de boca 15” ou “chave estrela 15”. Há casos mais raros em que se usa uma chave 17 ou chave 13.
1. Encaixar a chave no parafuso, de preferência “deitada”, ou seja, em uma posição paralela ao chão, de modo que você faça força para baixo na hora de girar a chave;
2. Girar o parafuso no sentido anti-horário;
3. Não é preciso desparafusar por inteiro.
Como fechar parafuso:
1. Encaixar a chave no parafuso, de preferência “deitada”, ou seja, em uma posição paralela ao chão, de modo que você faça força para baixo na hora de girar a chave;
2. Girar o parafuso no sentido horário.
Onde comprar:
Chave 15: http://www.lasmagrelas.com.br/pd-2959ee-chave-combinada-15mm.html?ct=&p=1&s=1
Como instalar pedais
Por um motivo ou outro, chegou a hora de instalar seus pedais. Ou os seus pedais antigos quebraram e foram pro beleléu, ou a sua bike comprada pela internet não veio com os pedais instalados, ou você decidiu fazer um upgrade e trocar por pedais melhores.
Para não deixar seu dinheiro ir pro ralo por descuido, a Talita lembra que o par de pedais vem com um pedal específico para cada lado. E que colocar o pedal direito no pedivela esquerdo (e vice-versa) pode causar um estrago e espanar a rosca do pedivela, que não costuma ser uma peça barata. Então, o pedal direito vai no pedivela direito, e o pedal esquerdo vai no pedivela esquerdo.
A referência do lado direito/esquerdo do pedivela leva em consideração quando você se senta na bike para pedalar, correspondendo ao lado da sua mão direita/esquerda.
Para identificar o lado certo do pedal, há uma indicação na extremidade da rosca dela, que irá se encaixar na rosca do pedivela: a letra “R” significa “right”, que é “direito” em inglês, e no outro pedal haverá a letra “L”, de “left”, que é “esquerdo” em inglês.
Materiais:
1. Chave de boca 15 (quinze), que é a chave aberta; neste caso, não serve a chave estrela 15, porque tem o formato circular fechado e não encaixa na rosca do pedal depois de acoplado ao pedivela;
2. Par de pedais.
Como instalar os pedais:
No vídeo, esta manutenção é feita com a bicicleta encaixada em um apoio na parte traseira do quadro. Mas pode ser feita com a bicicleta apoiada em uma parede.
1. Pegar o pedal direito e encaixar no pedivela direito, girando a rosca do pedal para a frente, no sentido horário;
2. Encaixar a chave de boca 15 na rosca do pedal e fazer o pedivela girar para trás no sentido anti-horário;
3. Pegar o pedal esquerdo e encaixar no pedivela esquerdo, girando a rosca do pedal para a frente, mas desta vez no sentido anti-horário;
4. Encaixar a chave de boca 15 na rosca do pedal e fazer o pedivela girar para trás, desta vez no sentido horário.
Onde comprar:
Chave 15: http://www.lasmagrelas.com.br/pd-2959ee-chave-combinada-15mm.html?ct=&p=1&s=1
Como limpar corrente / MissingLink / PowerLink
A corrente, parte tão importante da bicicleta, às vezes pede pequenos cuidados que fazem toda a diferença e definem se você vai pedalar tranquilamente ou sofrendo um pouco. Em outras palavras, se o seu pedal vai girar suave ou se vai parecer uma porta enguiçada e emperrada.
Já foi mostrado anteriormente como lubrificar a corrente (neste post aqui), e desta vez a Talita dá as dicas para um cuidado um pouco mais detalhado: o de limpeza. O mais recomendável é lavar a relação inteira (o conjunto corrente-cassete-coroa), pois a sujeira da corrente afeta os dentes das engrenagens tanto do cassete (na roda traseira) quando da coroa (junto ao pedal). Mas na pressa ou na preguiça do dia a dia, principalmente depois de um dia pedalando na chuva, vale a pena cuidar pelo menos da corrente.
Materiais:
1. Escova (pode ser aquela escova de dente velha e prestes a ser descartada);
2. Pote com água;
3. Detergente.
Como limpar a corrente (modo fácil):
No vídeo, esta manutenção é feita com a bicicleta encaixada em um apoio na parte traseira do quadro. Mas pode ser feita com a bicicleta virada de cabeça para baixo. E facilita a sua vida se, antes de tudo, mudar a marcha traseira para a mais pesada e deixar a corrente encaixada na menor engrenagem do cassete.
1. Pegar o pote com água, adicionar detergente e misturar;
2. Molhar a escova na mistura;
3. Esfregar a escova na parte interna e externa da corrente;
4. Girar o pedal para alcançar a próxima parte da corrente até que todos os elos sejam lavados;
5. Usar água e escova limpa para retirar o resíduo de detergente;
6. Secar a corrente com pano;
7. Aplicar lubrificante por toda a extensão da corrente.
Como limpar a corrente (modo um pouquinho mais trabalhoso):
1. Abrir um dos elos da corrente;
2. Puxar a corrente para soltar das engrenagens;
3. Lavar a corrente em bacia ou tanque, e pode esfregar com uma escova maior para limpar por todos os lados;
4. Girar o pedal para alcançar a próxima parte da corrente até que todos os elos sejam lavados;
5. Usar água e escova limpa para retirar o resíduo de detergente;
6. Secar a corrente com pano;
7. Encaixar e passar a corrente ainda aberta pela primeira roldana do câmbio (o “macaquinho”), passando por cima dela. Geralmente é a engrenagem pequena que fica mais baixa que as engrenagens do cassete (as marchas traseiras) e mais para trás da bicicleta;
8. Passar a corrente pela segunda roldana do câmbio, encaixando por baixo dela e subindo para trás. Essa segunda roldana é uma pequena engrenagem que fica um pouco à frente da primeira roldana;
9. Puxar a corrente e encaixar por cima da engrenagem de uma das marchas. Se você deixou a marcha traseira na mais pesada antes de começar tudo, é só encaixar a corrente na menor engrenagem;
10. Continuar puxando a corrente até passar por dentro do câmbio dianteiro, que fica por cima da coroa (o conjunto de engrenagens da marcha dianteira);
11. Encaixar a corrente em uma das engrenagens da coroa, correspondente à marcha deixada no trocador que fica no guidão;
12. Juntar as extremidades da corrente;
13. Fechar o elo da corrente;
14. Lubrificar a corrente.
O PowerLink, que também pode ser chamado de MissingLink, é um elo avulso mais fácil de ser encaixado ou solto. Como mostrado no vídeo, para usá-lo, você precisa antes retirar um elo inteiro da corrente, geralmente o mais largo, logo que solta a corrente da bicicleta (após o passo 2 do modo mais trabalhoso) ou pouco antes de encaixá-la de volta nas roldanas do câmbio (antes do passo 7 do modo mais trabalhoso). É no lugar desse elo mais largo que você encaixa cada peça desse PowerLink nos elos que restaram nas extremidades da corrente.
Um cuidado na hora de comprar o PowerLink é conferir se ele é adequado à sua bicicleta, à quantidade de marchas que você tem, pois a sua espessura/ tamanho varia. O elo de uma corrente para bicicleta fixa, por não ter marchas, é bem mais grosso que o elo de uma corrente para 8 marchas, por exemplo. Também há tamanhos específicos correspondentes a correntes para 9, 10 ou 11 marchas, que são respectivamente cada vez mais finas.
Onde comprar:
Emenda de corrente (MissingLink) para 6, 7 e 8 velocidades: http://www.lasmagrelas.com.br/pd-285e99-emenda-de-corrente-6-7-8.html?ct=&p=1&s=1
Emenda de corrente (MissingLink) para 9 velocidades: http://www.lasmagrelas.com.br/pd-100c97-emenda-corrente-de-9-velocidade-kmc.html?ct=&p=1&s=1
Emenda de corrente (MissingLink) para 10 velocidades: http://www.lasmagrelas.com.br/pd-285ee3-emenda-de-corrente-10v.html?ct=&p=1&s=1
Emenda de corrente (MissingLink) para 11 velocidades: http://www.lasmagrelas.com.br/pd-285eec-emenda-de-corrente-11-velocidades.html?ct=&p=1&s=1
Como regular marcha traseira (parte 3)
De vez em quando, na hora de trocar a marcha para a mais pesada ou para a mais leve, a corrente da sua bicicleta cai e, quando “o dia tá ruim”, fica presa entre as engrenagens traseiras (“cassete”) e o quadro?
Talvez isso seja apenas falta de regulagem de um dos dois pequenos parafusos que controlam o limite da movimentação do câmbio traseiro, ou seja, o “batente”. Esse limite de ação é a distância em que o câmbio vai puxar a corrente na troca para a primeira ou última marcha.
Por exemplo, se o parafuso que controla o limite da marcha mais leve (a primeira marcha, da engrenagem maior) está bem regulado, o câmbio puxa a corrente e encaixa exatamente sobre essa engrenagem maior. Se o parafuso estiver muito solto, o câmbio vai entender que o limite não está sobre a engrenagem maior, e vai puxar a corrente para fora do conjunto de engrenagens, o “cassete”.
Também é possível mudar o limite apertando mais esse parafuso, para que o câmbio puxe a corrente até a segunda maior engrenagem (segunda marcha) e ignore a maior (primeira marcha). É um recurso que pode ser usado nas seguintes situações:
A: A corrente da sua bicicleta se partiu e foi preciso retirar elos para remendá-la. Como a corrente ficou mais curta sem esses elos, ela pode não ter comprimento suficiente para girar em torno da engrenagem maior; ou
B: Por algum motivo, na hora de montar a sua bicicleta ou trocar peças, foi colocado um trocador (“passador”) de marchas (geralmente no guidão) com um maior número de marchas do que a quantidade de engrenagens que há no cassete. Assim, a ideia é fazer o trocador de marchas ignorar as marchas extras e se comportar como se seu número de marchas fosse o mesmo que o número de engrenagens.
Material:
Chave de fenda ou chave Phillips.
Como ajustar o câmbio traseiro por meio do parafuso de batente:
Esse tipo de ajuste pode ser feito com a bike sobre algum suporte de parede ou um suporte de chão que deixe a roda traseira suspensa, ou de cabeça para baixo.
Os parafusos de batente geralmente são uma dupla de pequenos parafusos na parte traseira do câmbio.
1. No exemplo do vídeo, o parafuso de cima controla o limite do câmbio em relação à engrenagem menor. Se esse parafuso estiver muito solto, a corrente pode “cair” da engrenagem quando você muda para a marcha mais pesada, e se prender entre a engrenagem e o quadro (mais exatamente, a parte chamada de “gancheira”). Essa é aquela situação mais chata em que é difícil desengatar a corrente para colocá-la de volta ao lugar, fazendo com que às vezes precise soltar a roda para soltar a corrente. Para resolver esse problema e não precisar passar pelo inferno da corrente caindo e emperrando novamente, é só apertar esse parafuso no sentido horário.
2. O parafuso de baixo controla o limite do câmbio em relação à engrenagem maior. Quando esse parafuso está muito solto, o câmbio puxa demais a corrente quando se muda para a marcha da engrenagem maior e ela acaba sendo posicionada fora do conjunto de engrenagens e “cai”. Mas não é um caso tão chato quanto o citado no parágrafo acima. Para se prevenir de novos problemas como esse, se aperta o parafuso também no sentido horário até a corrente se encaixar corretamente. Para mudar o limite nos casos A e B citados (da corrente encurtada e do trocador de marchas), continue apertando até a mudança de marcha parar em outra engrenagem, não na maior.
